Pombo Trocaz Columba trocaz
Pombo Trocaz Columba trocaz HEINEKEN, 1829
O Pombo Trocaz Columba trocaz, descrito pela primeira vez em 1829 por Heineken, é uma ave, endémica da Madeira e característico da Floresta Laurissilva, que existe nas montanhas da encosta norte e em alguns lugares isolados da costa sul da ilha.
No passado, o Pombo Trocaz foi bastante afectado pela destruição do seu habitat, no entanto esta é uma ameaça que, nos dias de hoje, já não se coloca pelo facto de toda a área coberta pela Laurissilva ter o estatuto de Reserva Natural Integral ou Parcial, sob a jurisdição do Parque Natural da Madeira.
Embora esteja associado à Laurissilva, alimentando-se das bagas das grandes lauráceas e de folhas e flores de pequenas plantas, o Pombo Trocaz é frequentemente observado nos terrenos agrícolas adjacentes à floresta, onde procura alimento, provocando estragos nas culturas.
Esta é a principal razão pela qual o Pombo Trocaz é uma ave impopular e perseguida pela população. Em 1984 e 1985, devido aos elevados prejuízos nas culturas de couve, as autoridades foram sujeitas a uma grande pressão para autorizarem o seu abate, o que aconteceu até 1989, data a partir da qual a espécie passou a gozar de um estatuto de protecção integral.
Ao longo das décadas em que estas aves foram vítimas de abate e envenenamento, o tamanho da população sofreu uma grande variação. Alguns autores referem que em 1982 existiam apenas 500 aves e, em 1985, cerca de 1000. O primeiro censo realizado, em 1986, com metodologia específica e completa, determinou a existência de mais de 2700 aves. Após a data em que a caça passou a ser ilegal, esta monitorização continuou, realizando-se de 4 em 4 anos. O censo de 1995 determinou o efectivo da população em 10400 indivíduos, o de 1999 em mais de 8400 e o de 2003 em apenas 7000 indivíduos.
Nos últimos anos tem havido um abate seleccionado dos Pombos, por parte do Parque Natural da Madeira, com o objectivo de afugentá-los das culturas agrícolas que se encontram adjacentes à Floresta Laurissilva.